Dirofilariose
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A Dirofilariose, também designada de "doença do verme do coração", é uma doença parasitária endémica em Portugal, país que, pela sua geografia e clima, possui condições ótimas para a sobrevivência do parasita (um parente dos "parasitas intestinais") e dos mosquitos responsáveis pela sua disseminação.
A doença é transmitida por várias espécies de mosquitos (hospedeiros intermediários), sendo o hospedeiro definitivo o Cão (e raramente o Gato).
A larva, ou larvas, inoculadas pelo hospedeiro intermediário através de picada, desenvolvem-se no organismo do Cão, sofrendo várias transformações, e migram (causando lesões no seu trajeto) até atingirem as artérias pulmonares, à saída do coração, já sob a forma adulta. Estas permanecem nesse local, reproduzindo-se ao longo do tempo, causando danos vasculares pulmonares.
Apesar de muitos dos animais afetados não terem queixas ou terem apenas leve sintomatologia respiratória (por ex. tosse seca) nesta fase inicial, a doença vai progredindo, podendo, nalguns casos, causar insuficiência cardíaca.
Estes casos mais graves são, frequentemente, de difícil maneio, colocando em sério risco a vida dos nossos companheiros.
Sabemos que Setúbal é um dos distritos em que a prevalência de casos de Dirofilariose é mais elevada e, consequentemente, o Pinhal Novo não foge à regra.
Torna-se, então, fundamental efetuar a Prevenção da Infeção, algo que é possível há mais de uma década. Este deverá ser o Principal Pilar na redução de casos da doença, uma vez que esta pode ser evitada mediante a administração mensal de um
comprimido ou através da aplicação de uma pipeta, com a mesma periodicidade.
Conseguimos, desta forma, proteger eficazmente os nossos animais.
O diagnóstico precoce e o rastreio de animais de maior risco, principalmente os que vivem permanentemente ao ar livre, estando desta forma mais expostos a picadas de insetos, é também muito importante, pois permite detetar casos, em fases mais iniciais, que podem ser tratados com maior sucesso e menores riscos.
Estamos disponíveis para o ajudar a Proteger da melhor forma o seu Companheiro, para que este possa, com Saúde e Qualidade de Vida, ser um membro ativo da família por muitos e bons anos.
Leishmaniose
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A Leishmaniose é uma doença parasitária, endémica em vários continentes (Europa, África, América do Norte, América do Sul) que, no continente Europeu, predomina nos países Mediterrânicos, onde se inclui Portugal.
É causada por um protozoário (pequeno parasita microscópico), transmitido por um mosquito (Flébotomo ou "mosca da areia"), e afeta, principalmente, o Cão mas também o Homem e, raramente, o Gato.
O parasita afeta múltiplos órgãos (Pele, Rins, Fígado, Medula Óssea, Baço), sendo os casos mais graves, aqueles em que há envolvimento dos órgãos internos (Rins e Medula Óssea). Em muitos destes casos, pese embora o esforço conjunto de proprietários e médico veterinário para salvar o paciente, o desfecho pode ser frustrante para todos, perdendo-se uma vida preciosa.
Qualquer animal doente é um potencial portador do parasita, principalmente se houver história de emagrecimento, pele e pelo em mau estado e feridas de difícil cicatrização. Por esta razão, não hesite em procurar o seu médico veterinário.
Os animais de maior risco são os que vivem em permanência ao ar livre, existindo nos dias de hoje uma proteção dupla:
- Aplicação de produtos repelentes nos animais (em pipeta ou sob
a forma de coleira), que ajudam a afastar moscas e mosquitos;
- Vacinação, que estimula especificamente um mecanismo de defesa
contra o parasita no sistema imunitário do Cão.
É também recomendado, sempre que possível/exequível, a aplicação de outros métodos com efeito repelente no meio ambiente do animal (por ex., lâmpadas repelentes) e a proteção do seu animal (fechando-o numa divisão, casa ou garagem) durante o amanhecer e entardecer, períodos em que os mosquitos se alimentam com maior avidez.
Para os animais doentes, embora não exista cura definitiva (todos os infetados tornam-se portadores crónicos), existem atualmente excelentes medicamentos, que permitem controlar a doença e restaurar a Saúde e a Vitalidade do seu companheiro, bem como evitar que este possa ser fonte de infeção para outros ou para o Homem (a transmissão faz-se sempre por intermédio do mosquito, que pica um animal infetado e, posteriormente, ao alimentar-se, infecta outro animal ou ser humano).
Informe-se junto do seu médico veterinário, pois esta ajudá-lo-á a Proteger e a Cuidar do seu Amigo.
Parvovirose Canina (Panleucopénia Felina)
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A Parvovirose Canina, que no gato se designa de Panleucopénia, é uma doença viral, altamente infetocontagiosa, que afeta animais jovens, na maioria dos casos com menos de 1 ano de idade e, geralmente, sem vacinas.
O vírus atinge o sistema digestivo, causando uma gastroenterite hemorrágica grave, e também o sistema imunitário, deprimindo de forma muito acentuada as defesas dos nossos jovens companheiros.
Os sintomas mais comuns e evidentes, por norma motivo da consulta, são a perda de apetite, prostração, vómitos e diarreia com sangue.
Se o seu cachorro ou gatinho, tiver alguns ou todos estes sintomas, deve dirigir-se com
a maior brevidade possível ao seu médico veterinário assistente.
O vírus encontra-se no meio ambiente (na rua, via pública, jardins, etc...), sendo muito resistente a todas as condições climatéricas, podendo sobreviver por períodos até 2 anos. Como tal, qualquer animal jovem, que não esteja ainda devidamente vacinado, deve permanecer resguardado em casa, evitando os passeios na via pública, para que o risco de contrair a doença seja reduzido.
Esta doença é, de forma destacada, a mais importante e frequente em cães jovens, podendo, nalguns casos, ser fatal. Por esta razão, o nosso foco reside na Prevenção através da Vacinação, que Protege de forma muito eficaz (perto dos 100%) os nossos animais, devendo esta ser feita Sempre sob supervisão do médico veterinário, de forma a que o plano vacinal seja cumprido integral e corretamente, garantindo assim uma eficácia e proteção máximas.
O diagnóstico da doença é efetuado na clínica, no momento da consulta, e a todos os pacientes deve ser instituído um tratamento rápido e agressivo, para que estes tenham as melhores possibilidades de sobrevivência. Atualmente, com os meios e medicamentos disponíveis, é expectável que, com o tratamento adequado, cerca de 90% dos pacientes sobrevivam.
Nunca é demais reforçar a extrema importância da Vacinação, pois o seu animal pode fazer parte dos restantes 10%.
Se tiver dúvidas ou necessitar de mais esclarecimentos, consulte o seu
Médico Veterinário.
Esgana
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A Esgana é uma doença viral que afeta cães, tendo baixa prevalência nos dias de hoje, fruto de uma vacinação mais abrangente da população canina.
O vírus dissemina-se principalmente por aerossóis (à semelhança da comum Gripe no ser humano), mas também pode haver contágio por contacto com urina, fezes ou mesmo pele de um animal doente.
Os animais mais jovens (entre os 3-6 meses) são os mais afetados, mas a doença pode também surgir em cães adultos ou mesmo geriátricos, sendo o principal fator de risco a Ausência de Vacinação.
Os sintomas respiratórios (como tosse, conjuntivite, rinite e respiração difícil), acompanhados de Febre, são geralmente os primeiros a serem notados, sendo consequência de traqueobronquite ou pneumonia, podendo, por vezes, confundir-se com uma doença mais benigna designada de Tosse do Canil.
Posteriormente, podem surgir sintomas digestivos (vómitos ou diarreia), cutâneos ou mesmo oculares.
O envolvimento do Sistema Nervoso representa a faceta mais grave da doença, uma vez que o vírus pode causar lesões graves e irreversíveis, incompatíveis com a vida.
Tratando-se de uma doença viral, não existe tratamento eficaz que permita a cura ou o atraso na evolução da doença.
O tratamento dos animais doentes é, então, apenas paliativo e de suporte.
Por esta razão, o nosso papel enquanto Médicos Veterinários, passa por informar e sensibilizar para a importância da Vacinação, que apresenta atualmente índices de proteção muito elevados.
Leptospirose Canina
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A Leptospirose trata-se de uma doença bacteriana grave, sendo os cães de áreas rurais e suburbanas, os de maior risco. Isto deve-se ao facto da bactéria se encontrar em vários hospedeiros portadores (pequenos animais, geralmente diversas espécies de roedores/ratos), que se encontram mais frequentemente nestas áreas.
É uma zoonose, ou seja, pode transmitir-se para o Homem (através destes pequenos animais ou mesmo de cães doentes), com consequências graves.
A transmissão pode ocorrer de forma direta (mordeduras de roedores, contato com urina de animais doentes ou ingestão de tecidos infetados) ou de forma indireta (através do contato com a bactéria, que pode estar, por ex., no solo, água ou alimentos contaminados).
Os principais sintomas da doença são: febre, prostração, perda de apetite e vómitos, podendo progredir rapidamente e tendo, frequentemente, um desfecho fatal.
A falência renal e, por vezes hepática, detetada mediante análises de sangue e urina, é um dos problemas mais comuns, acompanhada de septicémia, que significa infeção generalizada grave do organismo.
Embora, atualmente, seja possível efetuar um tratamento de melhor qualidade, mediante a administração de antibióticos adequados e internamento para fluido-terapia, o contacto com os animais doentes representa um risco adicional para o Médico Veterinário (e
proprietários), que deve ter os maiores cuidados para não se infetar.
As taxas de sobrevivência, com os melhores tratamentos disponíveis, podem chegar aos 70%, o que significa que até 30% dos nossos animais não sobrevivem à doença.
A Prevenção, através de Vacinação contra várias estirpes da bactéria (Leptospira), continua a ser a melhor arma disponível para a proteção dos cães e, consequentemente, do Homem, iniciando-se a partir das 8 semanas de vida.
Para mais informações, contacte o seu Médico Veterinário, que terá todo o gosto em esclarecê-lo(a).
Tosse do Canil
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Também designada de Traqueobronquite Infeciosa (termo mais técnico), a "tosse do canil" é uma doença do foro respiratório, por norma de natureza benigna, mas que, em cachorros jovens (por vezes, também em adultos), pode levar a broncopneumonia.
É altamente contagiosa entre cães, assemelhando-se à Gripe do ser humano, transmitindo-se por aerossóis e contacto oro-nasal.
Na etiologia da doença encontram-se vários vírus e, por vezes, bactérias oportunistas.
Nos casos mais benignos, que representam a maioria, o principal sintoma é a tosse seca, por vezes emetizante, mantendo o animal o apetite e a vivacidade habituais.
Em situações mais graves, em que há broncopneumonia, pode haver febre, tosse produtiva, respiração difícil, corrimento oculo-nasal e perda de apetite.
No geral, o prognóstico é bom, podendo ser mais reservado nos casos anteriormente referidos.
É importante que Vacinação seja efetuada, devendo utilizar-se uma vacina com componente viral e bacteriano, o que permite Eficácia e Proteção superiores.
Raiva
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A Raiva é uma doença viral que afeta animais de sangue quente (Mamíferos e algumas Aves), sendo, principalmente, transmitida por mordedura de um animal infetado.
Sendo uma Zoonose, trata-se de uma doença potencialmente transmitida entre os nossos animais de companhia (e outros vertebrados) e o Homem, possuindo elevada importância ao nível da Saúde Pública.
O Cão, Gato e o Homem são espécies moderadamente suscetíveis, sendo os animais selvagens (como o lobo, raposa e alguns roedores) o maior reservatório do vírus, pois são mais sensíveis à infeção.
A doença afeta sobretudo o sistema nervoso central, causando uma multiplicidade de sinais e sintomas neurológicos: agressividade, ansiedade, excitabilidade, alterações comportamentais, convulsões e muitos outros.
O desfecho da doença é quase invariavelmente fatal para o Homem e para os nossos animais, sendo raros os casos de recuperação, pois não existe tratamento específico.
Em Portugal a Prevenção, através da Vacinação antirrábica, é Obrigatória para os Cães, sendo facultativa no caso dos Gatos, e representa a forma mais eficaz de Proteção contra a doença.
Para mais esclarecimentos, consulte o seu Médico Veterinário.
Hepatite Viral Canina
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Causada por um Adenovírus (denominado de CAV-1), é uma doença que afeta, tipicamente, cães jovens com menos de 1 ano de idade, podendo também ocorrer em adultos que não estejam devidamente vacinados.
A transmissão ocorre diretamente entre cães, mas também pode suceder por via oro-nasal através do contacto com secreções de animais doentes (por ex., urina e fezes).
A Ausência de Vacinação é o principal fator de risco, bem como a idade do animal.
A apresentação clínica da doença pode ser bastante variável, desde casos hiperagudos fulminantes até casos que têm curso mais crónico, deixando sequelas.
O envolvimento hepático é o denominador comum, com sinais como febre, vómitos ou hemorragias (alterações da coagulação), podendo também surgir sintomas do foro neurológico ou respiratório.
O tratamento é de suporte (fluido-terapia, correção de distúrbios da coagulação ou hipoglicémia e maneio de insuficiência hepática), uma vez que não existe medicação antiviral eficaz para combater ou eliminar o vírus.
A Vacinação, a partir dos 2 meses, representa, assim, a melhor estratégia de Prevenção e Proteção do seu fiel companheiro.
Hemoparasitas/ Febres da Carraça
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Como o próprio nome já deixa antever, os Hemoparasitas são agentes infeciosos que infecta primariamente células do sangue ou medula óssea (Glóbulos Brancos, Glóbulos Vermelhos e Plaquetas), sendo normalmente transmitidos por intermédio de Carraças e, menos frequentemente, Pulgas.
Existem várias espécies de Hemoparasitas em Portugal (pelo menos 7), que afetam sobretudo o Cão, mas também o Gato.
As várias formas da doença que podem surgir, variam com o parasita em questão e são designadas por "Febre da Carraça", um termo lato que visa simplificar e clarificar a compreensão por parte de leigos e proprietários de animais.
Apesar da especificidade individual de cada hemoparasitose, a maioria destas doenças tem como sintomas: Febre, Prostração e Perda de Apetite.
Outras manifestações habituais, detetadas pelo Médico Veterinário na consulta ou após análises, são: Anemia, Trombocitopénia (diminuição das plaquetas que pode levar a equimoses ou hemorragias), aumento dos gânglios linfáticos periféricos e do baço, inflamação articular (que leva a claudicação), patologia renal e hepática, e muitas outras
alterações, menos frequentes.
Apesar do período de maior risco coincidir com a época do ano em que há mais parasitas externos (sobretudo Carraças), portanto entre Fevereiro e Outubro, os sintomas podem surgir em qualquer altura do ano, mesmo durante o Inverno.
Este fato deve-se à natureza insidiosa destas doenças que, por vezes, se mantêm a um nível subclínico (semelhante a uma situação de portador, sem sintomas), podendo levar meses até que os sinais se revelem de forma aberta.
Existe tratamento para a maioria das Febres da Carraça, sendo o prognóstico tanto melhor quanto a precocidade do diagnóstico. Nos casos mais graves, pode mesmo ser necessário efetuar transfusões de sangue ou, em casos de afeção renal ou hepática, fluidoterapia e tratamento de suporte adequado.
Existem, atualmente, vacinas para 2 espécies de Hemoparasitas (Babesiose e Borreliose), que não fazem habitualmente parte do programa vacinal de base, mas que incrementam o leque de Proteção do seu animal contra doenças existentes no nosso país.
Para as restantes espécies existentes, a Prevenção passa pela aplicação de produtos com efeito anti-carraças, sob a forma de Pipetas ou Coleiras, que protegem o seu companheiro.
Consulte o seu Médico Veterinário para mais esclarecimentos.
Doença Degenerativa Valvular Mixomatosa (DDVM)
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Trata-se de uma doença cardíaca adquirida, que afeta cães de meia-idade e geriátricos, constituindo cerca de 80% dos casos de patologia cardíaca nesta espécie.
As raças pequenas (menos de 10 Kg) são, de longe, as de maior prevalência, com as raças médias e grandes menos representadas.
Tal como o nome indica, resulta da degeneração das válvulas atrioventriculares (Mitral e/ou Tricúspide), sendo a Mitral a mais frequentemente afetada.
Os folhetos destas válvulas começam a ficar espessados, deformados e, por vezes, com nódulos, o que impede a normal função das mesmas.
Todos os casos são de evolução longa, verificando-se uma gradual progressão destas alterações degenerativas, que pode durar vários anos.
A principal consequência é a Insuficiência da Válvula Mitral (e, menos comumente, da Tricúspide), que pode ser detetada num exame físico pelo seu Médico Veterinário, através de uma auscultação cuidadosa, muitas das vezes durante uma visita de rotina para vacinação, que revela a existência de um Sopro Cardíaco, normalmente audível do lado esquerdo do tórax.
Esta Insuficiência (ou regurgitação) tende a agravar-se com o passar do tempo, aumentando também, de forma proporcional, a intensidade do referido Sopro.
Em alguns pacientes, a evolução da doença leva a uma situação de Falha Cardíaca, em que o coração, fruto das alterações sofridas ao longo do tempo, deixa de desempenhar eficazmente a sua função, colocando em sério risco a vida dos nossos companheiros. Nestes casos, as manifestações mais comuns são: intolerância ao exercício, tosse,
síncope/colapso e respiração difícil, sendo esta última resultante de Edema Pulmonar (acumulação de fluídos dentro dos pulmões), um achado quase transversal a todos os cães com esta doença.
Se o seu animal já está sinalizado pelo veterinário assistente, não hesite em contatá-lo se notar um ou mais destes sintomas, pois o tempo é precioso quando lidamos com estes casos de Falha Cardíaca.
A rápida intervenção do Médico Veterinário é fundamental para controlar e estabilizar estas situações agudas, que não são de resolução espontânea, necessitando de tratamento urgente e adequado, só possível em ambiente clínico.
Após a estabilização, que atualmente se consegue na maioria dos pacientes, é necessário prescrever os medicamentos corretos, que devem ser administrados durante o resto da vida em todos os pacientes que passaram por um episódio de Falha Cardíaca.
O acompanhamento subsequente de todos os Doentes Cardíacos deve ser regular, pois podem surgir novas alterações ou crises, que devem ser abordados de forma rápida e eficaz.
O seu Médico Veterinário cuidará assim, de forma mais intensiva, do Grande Coração do seu Companheiro de Vida, para que a viagem que ambos fazem lado a lado seja longa e recheada de bons momentos.
Diabetes Mellitus
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A Diabetes é, nos dias de hoje, uma das doenças mais prevalentes no Homem, exercendo um impacto significativo na Saúde e na Qualidade de Vida de milhões de pessoas, principalmente nos países mais civilizados. A crescente tendência para a Obesidade, o Stress do dia-a-dia, o Estilo de vida e os maus Hábitos alimentares são fatores importantes no seu aparecimento.
Estima-se que cerca de 50% dos diabéticos no Mundo não estejam ainda diagnosticados, correndo o risco de sérias complicações, antes mesmo de saberem que sofrem desta doença.
Dado o crescente número de casos no Homem, é importante sensibilizar os proprietários de animais de estimação para uma tendência semelhante nestes, uma vez que os nossos companheiros partilham, cada vez mais, do mesmo Estilo de vida, com maior propensão para o Sedentarismo, Obesidade e Alimentação pouco equilibrada.
A doença apresenta algumas diferenças e especificidades no Cão e no Gato, representando sempre um desafio, não tanto no diagnóstico, mas sim no tratamento e maneio a longo prazo.
No cão, a diabetes é quase exclusivamente de tipo I ou insulinodependente, ou seja, o pâncreas não produz insulina suficiente e é necessária a administração diária, sob a forma de injetável, durante toda a vida do animal. No entanto, podem surgir raros casos secundários a doenças hormonais que, em teoria, se tratadas atempadamente podem levar à resolução da diabetes.
No caso do gato, a diabetes está frequentemente relacionada com Obesidade (designada de tipo II, semelhante aos humanos) e consequente resistência à Insulina. Isto significa que alguns destes animais ainda produzem insulina mas esta não atua devidamente, por causa do metabolismo, alterado pelo estado de Obesidade. Quanto mais tempo se mantiver esta situação, torna-se mais provável que o pâncreas sofra exaustão e deixe definitivamente de produzir insulina. Nesta situação, um animal com diabetes tipo II pode transformar-se, ao longo do tempo, num diabético tipo I, que necessita de insulina para o resto da vida. Para evitar esta situação deve, em primeiro lugar, prevenir-se a Obesidade, algo perfeitamente alcançável nos dias de hoje com um bom plano alimentar e seguimento veterinário regular.
Os gatos recentemente diagnosticados devem também fazer dieta (se estiverem Obesos) mas necessitam igualmente de tratamento com insulina injetável. A diferença para o cão, reside na possibilidade de alguns destes poderem, com uma dieta adequada e tratamento com insulina, deixar de ser diabéticos ao fim de algum tempo (geralmente semanas a meses). Por esta razão, se notar algum dos sintomas habituais da doença, como aumento do apetite, do consumo de água e da produção de urina (pode suspeitar-se desta última quando um animal que nunca urinou durante a noite em casa, passa, subitamente, a fazê-lo), não hesite em consultar o seu Médico Veterinário.
O diagnóstico precoce é essencial, para que o seu companheiro comece a ser tratado com a maior brevidade possível, evitando-se as complicações de um diagnóstico tardio.
O tratamento da diabetes exige dedicação de todos os intervenientes (Médico Veterinário e Proprietários), de forma a controlar a doença de forma duradoura e garantir que os nossos amigos desfrutem de uma vida longa, com conforto e bem-estar, ao lado da sua família.
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