Uma alimentação adequada e balanceada é a base para uma vida saudável
As necessidades nutricionais variam consoante a espécie e ao longo da vida. Para ter a certeza que o seu animal faz uma alimentação correta, aconselhe-se com o seu Médico Veterinário.
O primeiro dilema: comida caseira ou industrial
Quando falamos em comida caseira referimo-nos a uma refeição preparada por si com base em ingredientes tais como, arroz, carne e legumes. Tem como inconvenientes o fator custo, tempo dispendido na preparação da refeição, e principalmente, a dificuldade de conseguir uma mistura equilibrada que contenha as proporções correctas de proteínas, lípidos, cálcio, fósforo, fibras, vitaminas e oligoelementos. Se a alimentação não contiver as quantidades suficientes e equilibradas de todos esses nutrientes de forma a suprir as necessidades do seu cachorro, poderão ocorrer carências nutricionais graves e dar origem a anomalias de crescimento muito prejudiciais ao desenvolvimento harmonioso do seu animal.
A comida industrial é por norma balanceada e contém todos os nutrientes essenciais às diferentes fases da vida do seu animal.
Fases da vida
Ao longo da vida, as necessidades do seu animal vão variar, deverá escolher o alimento apropriado a cada fase. Assim as diferentes fases são:
• Recém-nascidos – precisam de leite. O ideal é o leite da mãe. Quando isso não é possível deve optar por leite em pó próprio para a espécie. Nunca utilize leite de vaca.
• Juvenis (desde o desmame até à idade adulta) – como estão em crescimento, as suas necessidades nutricionais estão aumentadas. É uma fase muito exigente, portanto a aposta numa boa ração vai traduzir-se num animal adulto, de uma forma geral, mais saudável.
• Adultos – precisam de uma dieta de manutenção. Tenha atenção que as necessidades calóricas no animal adulto podem variar bastante consoante esteja esterilizado/inteiro, seja mais ativo/ocioso.
• Fêmeas no último terço da gestação ou a amamentar – as suas necessidades nutricionais estão aumentadas, deverá ser dada uma ração para cachorro/gatinhos, consoante a espécie. Desta forma, os bebés também podem começar a comer a comida da mãe sem riscos de subnutrição.
• Geriátricos – nesta fase as necessidades calóricas diminuem bastante, mas as necessidades em oligoelementos, anti-oxidantes e ácidos gordos aumentam. É também uma fase muito sensível da vida do seu animal, em que uma boa alimentação pode contribuir para um envelhecimento mais saudável.
Diferenças entre espécies
As diferenças entre o metabolismo e fisiologia do cão e do gato são enormes. Como tal, nunca se deve dar ração de cão a gatos e vice-versa.
No caso dos gatos, deve-se complementar o alimento seco (ração) com o alimento húmido (latas ou saquetas) uma vez que os gatos bebem pouca água. Os cães adaptam-se perfeitamente a comer apenas alimento seco, devendo ser evitado o alimento húmido, de forma a promover uma melhor higiene oral.